Como forma de animar e informar da festa junina do Instituto São Lourenço do próximo sábado dia 21, resolvemos usar do instrumento vale a pena ler de novo, e colocamos a matéria com a cobertura da festa do ano passado feita pela revista MAS QUE COISA.
A farsa na festa “farsa”, sô!
Por Samuel Samways Kulchetscki
Curitiba, 16 de junho, sede do instituto São Lourenço. As estrelas brilhavam notavelmente. O dia anterior havia marcado o início da lua nova, a fase tímida da lua, dando assim destaque ao brilho telestial. Mas dessa vez não foi timidez a razão da Selene grega ter privado os simples mortais do brilho de sua face, mas sim vergonha. Vergonha da cena pavorosa presenciada na comunidade do MAS.
Um grupo de jovens, com seus dentes enegrecidos, roupas remendadas e caras pintadas, invadiu e tomou conta do prédio. Bandeiras de língua partida puderam ser vistas por toda parte. Como uma quadrilha organizada, desfilavam de mãos dadas, ao redor da fogueira improvisada com objetos do instituto como combustível. Gritos primitivos – iiiiha e arriê – silvaram por toda volta. Não se tratava de uma manifestação dos estudantes curitibanos, tampouco uma invasão do MST, mas sim, de algo cuja periculosidade chega a ser incomensurável: uma festa junina do MAS (temido grupo dos membros adultos SOLTEIROS).
O que para muitos poderia ter parecido uma inocente brincadeira tradicional, foi, na verdade, uma engenhosa operação militar camuflada com o pretexto folclórico de São João. Pode parecer apenas paranóia ou simples fã clube da teoria da conspiração, mas de que outra forma se explicaria o pacotinho de amendoim no pau de sebo? É de conhecimento geral que o prêmio, tão almejado, concedido ao bravo escalador, deve ser no mínimo... bem, almejado! Ao invés disso, a única coisa que o pobre infeliz ganhou foi, além de uma farpa na mão e o apelido de Delícia (depois de toda aquela manteiga no corpo), um pacote com sementes comestíveis. Isso é um óbvio treinamento do “soldado esquilo”: treinado para subir em árvores e funcionar como batedor. O que a mente maquiavélica por traz dessa festa não suspeitava é que se suspeitaria do suspeitável prêmio...
Outro fato revelador foi a falsa barraca do beijo e seus beijos falsos, um óbvio chamariz de novas militantes. Iludidas ás centenas, nossas pobres moças desesperadas fizeram fila em frente não houve beijo molhado algum, algo totalmente contrária a natu-reza do galã.
Alguns poderiam argumentar que as acusações são infundadas, exageradas, de caráter duvidoso, resultantes de um repórter com mente desvairada, espampanante, pitoresca, escalafobética, mirabolante e legal. Mas uma declaração como esta seria ainda mais infundada, a não ser, é claro, pelo legal. Além do mais, se não houve realmente uma engenhosa operação militar, a festa junina serviu como pretexto para a queima de todos os objetos indesejados do Instituto. O irmão Paulo demonstrou tendências piromaníacas e não conseguiu refrear seus impulsos queimando galhos, lixo, cabelos do ralo, materiais de limpeza e o casal Nhô Rei Noé e Nhá Joana D’arc (calma, eram os bonecos). Quando o combustível acabou, o irmão Paulo passou a incentivar inocentes jovens a pularem a fogueira e a cada pulo bem sucedido, uma expressão de desapontamento pôde ser vista em seu semblante. Ao ser indagado sobre o assunto, ele afirmou que o motivo do fogo permanecer sempre vivo foi o consumo excessivo de pinhão.
Uma coisa é certa, no fim da noite, em lugar das estrelas, a fumaça enegreceu o céu, transformando o já triste telestial em puras trevas.□
(Matéria da edição de número 4 da Revista MAS QUE COISA de junho de 2007).
Então não esqueçam no próximo dia 21.06 depois da aula das 17h30, grande festa junina no Instituto São Lourenço.
2 comentários:
Estou animado para a festa junina, adora esse tipo de festa.
Gente....
o MAS QUE COISA já tem mais de um ano..
Não posso deixar de dizer COMO PASSA RÁPIDO...uhauaha
Vamos tirar foto de todo mundo que estiver bem caipora no dia 21 pra aparecer aqui ;)
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