Celebração: do Pinhão aos Gases

CELEBRAÇÃO TEVE DE TUDO,
MENOS A ARAUCÁRIA.
Dr. Urinei Pacheco

Depois de muitos meses de preparação exaustiva, ensaios infindáveis e, pra quem só estava assistindo, muita briga pra achar um bom lugar, uma simples frase iniciou a tão esperada celebração - Let the Show Begging. Em seguia o sempre bem humorado Profeta Thomas Spencer Monson fez um gesto com a mão que muitos interpretaram como um “pump it up” (pra alguns era um the roof, the roof, the roof is on fire), mas que na verdade queria dizer: segura a chuva aí em cima por favor. E parece que funcionou, pelo menos até o finalzinho da celebração. Mas nem chuva nem o frio, nem um ataque de bixigas amarelas seriam capazes de desmotivar essa turma do barulho, afinal, the show must go on (tradução: onde achou mastigou).

Não se enganem. A serenidade e confiança, de muitos, de que a chuva tardaria a cair, não foi por causa da fé, mas sim devido fato de muitos terem já assistido à versão pirata do vídeo da celebração, lançado muito antes na Internet.

Para os que não visitam esses blogs piratas, a celebração foi uma grande novidade, um verdadeiro espetáculo. Definida por um espectador como “uma confusão muito legal”, o mega show teve direito a cantores de ópera com microfones Sand e Junior, telões com vários closes de narinas diversas, coralistas à lá Britney Spears e seus playbacks, lenhadores super fortes, colhedores de alface, além de milhares de mulheres com muitos panos, cada um dançando bonito no seu quadrado. Mais mulheres entraram com mais panos, bandeiras, representando os povos que imigraram para o Brasil: italianos, alemães, japoneses, mexicanos (mexicanos¿), etc.

Só não fomos agraciados com a presença da Araucária, que sentiu-se mal nos bastidores e teve de ser carregada por muitos homens, nada desajeitados, para trás do palco a fim de se recompor. Infelizmente não se recompôs e o tema “Do pinhão à Araucária” teve de ser substituído pelo plano B. Se utilizando de muitos Gases e mãos, digo, balões amarelos, uma homenagem ecumênica foi feita a uma celebridade de outra denominação religiosa.

Outro significado pôde ser percebido no gesto carinhoso de se soltar borracha, impossível de se decompor, na atmosfera terrestre. Alguns entenderam que os balões dispersos simbolizavam as ovelhas perdidas e os que se afastam do evangelho. Sendo assim, o único balão que não se perdeu foi aquele que um ex-missionário roubou da mão de uma criança e guardou até o final da celebração.

Entre outras peculiaridades um fato chamou a atenção na arquibancada superior. Um americano californiano caucasiano, talvez um desses imigrantes (quem sabe¿), resolveu, pular três fileiras, sobrevoando outros irmãozinhos, que só foram perceber o perigo pelo qual passaram quando este mesmo americano quase continuou seu vôo em direção oposta a dos balões. A torcida foi à loucura, mas não foi dessa vez. Ele fingiu não ter machucado nada e saiu mancando normalmente em direção ao... sabe se lá o que era tão importante para o salto ornamental.

Talvez o acontecimento mais bizarro de todos tenha ocorrido durante os ensaios da tarde e a montagem do cenário no campo, quando um redator europeu da revista MAS QUE COISA, em uma tentativa desesperada de divulgar o BLOG, invadiu o campo em seus trajes de banho (banho de chuveiro). Ele foi gentilmente conduzido pela polícia para a ambulância de plantão. Não se sabe exatamente a identidade do nudista, mas alguns suspeitos foram levantados. Por amor a este jovem revolucionário, seu nome não será divulgado, apenas sua foto e seu orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6991716818347918280

Só ficamos com saudades mesmo da Araucária, mas vocês sabem como é, vão-se os pinhões mas ficam-se os gases.