domingo, 30 de março de 2008





Água viva que não queima...

por Samuel Samways Kulchetschi e
Evelise Toporoski

Dia 28 de julho de 2007, um sábado de Conferência no Instituto São Lourenço que reuniu as estacas Boa Vista, Curitiba, Iguaçu, São Lourenço, Tarumã, Ponta Grossa e Paranaguá, além de amigos, convidados e penetras do ORM. A equipe Mas Que Coisa também estava lá para conferir tudo o que teve de bom e se você leitor assíduo estava presente.

Desde cedo os membros estavam reunidos para assistir as palestras com o tema Água Viva. O esquema de revezamento de salas foi um sucesso, pois as cadeiras já vinham aquecidas para o próximo grupo. O único insatisfeito com as palestras foi o Bob Esponja que trouxe a sua redinha de caçar água viva em vão.

Depois foi servido o almoço pra galera. Quem teve paciência, ou coragem para enfrentar a fila que começava na churrasqueira, dava duas voltas na cama elástica, mais uma volta e meia no touro mecânico e que por incrível que pareça, terminava na churrasqueira (o pessoal do conselho do Instituto ficou impressionado com a organização do povo) comeu um super risoto. Foram poucos que tiveram coragem de lavar o prato no frio. Alguns, desiludidos pelo tamanho da fila, optaram por uma solução dois reais mais cara, porem mais rápida, comprando uma esfiha no Come-Come (pra quem não conhece é uma lanchonete pertinho do Instituto). No fim, deu outra fila. Quem gostou foi o tiozinho da baiúca.

Após de encher a pancinha, e estar pronto pra tocar direto pra Goiás, a galera partiu pros brinquedos, mostrando perfeita fé nas promessas da palavra de sabedoria protegendo-os de uma possível congestão. Nem o jovem adulto solteiro com a maior pinta de pessoa séria, organizada, matuta, responsável, se rendeu à alegria de pular na cama elástica, fazer guerrinha de cotonetes (o pessoal aproveitou pra chamar aquele rival para o combate e tirar o recalque), domar o touro mecânico, e uma série de atividades que estiveram a disposição por toda a tarde e também a noite, na hora do baile. As peraltices renderam pés torcidos, dedos, bocas, sobrancelhas machucadas e etc. Alguns, mais atentos, perceberam que os brinquedos foram sabotados. O touro mecânico era na verdade um touro mecânico espanhol (uma experiência mal sucedida da Guerra Civil Espanhola), que ao ver as gravatas vermelhas do Èlder Araújo e Rodnei (não é que esse nome dá uma boa dupla sertaneja...), enlouqueceu, conquistando assim um novo recorde ao derrubá-los: 0,02 segundos e uma hérnia de disco. Outro personagem responsável pelos hematomas, generosamente distribuídos nas brincadeiras, foi o Ogro guardião dos cotonetes gigantes (uma experiência cientifica da Pixar e Dreamworks), que derrubou todos que ousaram invadir seu território. Os técnicos só conseguiram desmontar os brinquedos quando tiveram a brilhante idéia de atraí-lo, com uma panela de risoto, para fora do Instituto. Padre Outubro não decepcionou dando a sua parcela de traquinagens ao derrubar os aventureiros da cama elástica.
Só um baile foi capaz de relaxar. Tanto que, alguns relaxaram até demais e foram dormir nos ônibus. Mas os que ficaram em vigília presenciaram um milagre! Depois da multiplicação de peixes, pães, gafanhotos e gaivotas, só faltava a multiplicação de Dj’s. De um feto surgiram quatro! Se você achava que um Dj era bom, dois juntos eram demais, imagine um baile com Fat Joey Slim, a dupla de Dj’s Pig e Feto e mais o Bruno Dias (ainda vamos te dar um apelido, que tal Bruno dos Últimos Dias?), eles tocaram juntos o baile. Para continuar o padrão de milagres, as músicas tocadas pelo primeiro Dj, ressurgiram, triunfantes de seus túmulos, nas playlists do próximo Dj, e assim por diante. Algumas músicas tiveram mais aparições que Morôni pro Profeta Joseph Smith. Não reclamemos irmãos e prossigamos com fé nos próximos bailes, pois o manso de coração entenderá nessa repetição uma parábola mostrando-nos a maneira de tratarmos nossas visitas de mestres familiares e professoras visitantes: com carinho, perseverança e repetição. Não obstante, (ou seria “o bastante”?), aquele que for rápido em irar-se, contra os servos Djs, e tardio em dançar, não terá lugar na pista, pois é necessário que aja repetição para que o baile seja cumprido e comprido. Ainda que toquem o céu e a terra de músicas, a sua música tocará, seja pela mão dos Dj’s ou da Jovem Pan, é o mesmo.

Nós, autores do MAS QUE COISA, temos a plena convicção, fruto de uma sincera experiência nesse ofício investigativo, de que a história da Anna Julia é verdadeira. Sabemos que naquela manhã de primavera um anjo do céu, que trouxe pra mim, é a mais bonita, a jóia perfeita-A-a... E, finalmente, “realmenti”, testificamos fervorosamente, que “realmenti”, sem sombra de dúvidas, o “Morto Muito Louco” vive, nos bailes do MAS. □

(Matéria da edição de número 5, julho de 2007)

Um comentário:

Anônimo disse...

não é por nada, mas esse texto é demais. um dos meus favoritos!

a pagação, em tom escriturístico, dos dj´s e os bailinhos no final foi genial.