CURITIBA, CORAIS DE DAR NO COURO
Arqueólogos encontram mais uma prova de que a região onde está atualmente a cidade de Curitiba era submersa pelo mar.
por Samuel Samways Kulchetscki
Todos ouviram, em algum momento de sua vida, que há quinhentos mil anos ou mais, essa região do Paraná era, na verdade, o fundo do mar. Isso mesmo, com peixinhos carrancudos e antipáticos, sereias bem branquelas, de olhos azuis, e baleias bi articuladas. Provavelmente depois das grandes modificações nas terras do novo mundo, que aconteceram com a morte de Jesus Cristo, essa água toda foi retirada e está reservada pra encobrir o Rio de Janeiro na segunda vinda.
Nem todos acreditam nessa teoria, mas os estudiosos encontraram indícios concretos, cerâmicos e plásticos, de que é bem possível que a teoria seja verdade. A descoberta foi ocasional. Aconteceu durante as escavações para estabelecer os alicerces de um templo religioso, próximo ao terminal Campo Comprido. Foram encontrados resíduos e fósseis de seres marinhos pré-históricos. Ao serem analisados pelo instituto (não esse que você está pensando), o instituto oceanográfico do Paraná, incríveis propriedades regenerativas foram detectadas, capazes até de operarem um tipo de “ressurreição” no ser marinho.
Durante as pesquisas, algumas amostras foram doadas aos líderes religiosos (não iremos mencionar a religião por motivos éticos) responsáveis pela construção que ocasionou a descoberta. Estes, por sua vez, levaram aos seus lares os “presentes”. Desde então estes membros tem agido de maneira estranha: passaram a criar, indiscriminadamente, corais em todas as ramificações de sua jurisdição eclesiástica.
Buscando uma explicação, inquirimos a algumas autoridades, inclusive ao responsável pelas pesquisas, Dr. Plâncton Pacheco, qual seria a causa dessa atividade incomum? Dr. Plâncton declarou: “Muitos Antozoários, também conhecidos como recifes de corais, encontram nutrientes através de cooperação simbiótica com outras algas marinhas. Talvez algumas partículas, desses exemplares doados aos Mór... - ops, não é pra falar a igreja né - bem, à esses membros, se regeneraram e tomaram conta dos corpos dessas pessoas”. Dr. Urinei Pacheco (Phd em Psicologia Carnavalesca, além de Clínico Geral e especialista em narigumbigotologia) afirmou que “por mais desastroso que essa proliferação de corais possa ser, as cores são lindas, o que torna tudo tão lindo que é até lindo de ver”. Dr. Pancinha se ofendeu com a pergunta e ressaltou novamente nossa “gonorância” com a seguinte afirmação: “o plurau de coral é coralses seus burres! Melhoras pra vosséis da prócima veiz.”
Ainda não se sabe a extensão desses corais, mas algumas novas espécies já foram identificadas, como:
· Coral Assuntus Públicus (também conhecido como Coral Natalino): acredita-se que tem como presa os políticos, espera-se que seja verdade;
· Coral Da Celé-bração: o maior de todos, envolvendo várias ramificações denominadas estacas. Seus componentes reúnem-se, instintivamente, uma vez por mês, para um fenômeno que foi chamada do “ensaio regional”, cientistas arriscam que o próximo será dia 02 de dezembro;
· Coral Anjo-Moronae: mais elitisado, escolhe apenas como hospedeiro os “melhores”. Reage aos sábados, após uma grande reunião de solteiros desesperados, em um habitat denominado “Ala 2”. O mais incrível é que por haverem muitas Bilusinhas (nome científico para humanas bonitas), um lugar nesse coral é muito disputado, sendo o primeiro momento na história do mundo em que realmente se quer entrar na banda do Moroni;
· E, por fim, o coral mais comum e também mais contagioso, Coral Conferencial (coral de alas): atinge todos os pobres moradores de determinado habitat, tendo como cabeça o “Presidente de Estaca”, ser cruel que convoca outro ser ainda mais cruel, “a Regente”, para dominar os operários coralistas. Correm boatos de que existem até corais para alegrar outros corais antes de suas “manifestações sonoras coreografadas”.
O perigo maior, segundo especialistas, é que esses Corais mutantes acabem atingindo, mais adiante, outras cidades. Portanto, atenção moradores das seguintes cidades: Florianópolis, Joinvile, Paranaguá, Ponta Grossa e Londrina, seus dias estão contados.
Mas sejamos otimistas, ninguém pode afirmar que participar de tantos corais que mal consegue respirar, é tão ruim assim. Afinal, se junto com os corais colocarmos algumas algas, teremos ar suficiente pra acabar com o aquecimento global. Talvez seja por isso que Curitiba é tão fria.□
(Matéria da edição de número 8, outubro de 2007)
Nenhum comentário:
Postar um comentário